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sábado, 28 de junho de 2008

Dúvidas que me tiram o juízo!!

Minha pequena anda com alguns questionamentos típicos das crianças de 5 anos de idade, mas que eu não consigo resolvê-los, o que também é típico das mães de crianças com 5 anos de idade!!!



As perguntas mais freqüentes são essas:



_ Mãe, se Merda é palavrão, então porque existe?! Por que alguém inventou o palavrão se ninguém pode dizer?!




_Por que não pode colocar o dedo no nariz se ele cabe bem direitinho?




segunda-feira, 23 de junho de 2008

Maciel Salu

_ O Sr. sabe dizer se Maciel Salu já se apresentou?

_ Moça, teve um xangô aí...

_Foi ele mermo! Obrigada.

domingo, 22 de junho de 2008

o céu voltará a ser lilás

Eita que eu sou mesmo muito fulêra!
Nem apareço mais, o céu que era lilás ficou negro!!!

Vim aqui e quando vejo: sumiu a foto que eu usava de fundo!!
Aí deixei assim: tudo escuro. Sem borboletinha nem nada.
Mas eu crio vergonha (um dia eu crio!!!!). E vou procurar num desses sites de layout para blog (existe sim, eu nem sabia!), um bem bonitinho pro céu voltar a ser lilás.

Céu lilás é na verdade um momento que eu acho encantador. Acontece quase todos os dias e dura uns 15 minutos (mas isso não é um número certificado pelo INMETRO, então pode ser mais ou menos) . É o instante em que o sol vai embora, e nem a lua nem as estrelas estão "prontas" para aparecerem. E o céu começa a brincar de colorir-se. E pinta-se de amarelo, laranja, rosa, lilás... e a noite chega. E quase ninguém viu que ele passou por tantas cores. Porque a gente vê uma vez na vida e não precisa mais ver pra saber que vai ser assim todo dia.. será mesmo?! Eu vejo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Clássico!!!!!





Perfeito!!! A infância de todos nós!!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Mafalda




Tem dias que a gente não tá pra muita conversa!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Receita pra lavar palavra suja


Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol
adquirem consistência de certeza. Por exemplo a palavra vida.

Existem outras, e a palavra amor é uma delas,
que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar
e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.

São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.
Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.

Agora nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas
soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,
que é capaz de esvaziar o vigor da língua.

O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molho
em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer
é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente
sabão em pó e máquina de lavar.

O perigo neste caso é misturar palavras que mancham
no contato umas com as outras. Culpa, por exemplo,
a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.

Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo,
sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode,
o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.

Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras
sob o risco de perderem o sentido.

A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,
produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.

Muito importante na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.

Conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos, que passeie
pela expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite,
não a seu lado mas sobre seu corpo.

Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne,
prolifera em toda sua possibilidade.

Se puder suportar essa convivência até não mais
perceber a presença dela,
então você tem uma palavra limpa.

Uma palavra limpa é uma palavra possível.

do livro: Pensamento do chão, Viviane Mosé.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Saudade

Para você menininho, de quem eu muito tenho saudades

"Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade."
(Rubem Alves - Folha de S. Paulo- 12/10/03)

Eu tenho um sobrinho que não me chama de tia. Mas, certa vez, ganhei um que sim, me chamava de tia! Era um menino esperto, inteligentíssimo, com uma vontade de descobrir o mundo e toda a energia para fazê-lo. Era lindo vê-lo acordar de pijama pela casa com uma carinha de santo, quase tímido (se bem me lembro, era a única hora do dia em que tinha uma certa timidez). Essa é a imagem mais forte que tenho dele: sentadinho de pijama no batente da casa, coçando os olhinhos vendo a gente tomar café.

Já faz 6 anos que ele não está mais tão pertinho. Nesse tempo muita coisa aconteceu, ele ganhou muitos primos (!!!), mas nunca perdeu essa tia, que se pega chorando pelo canto do quarto sempre que a saudade aperta um pouco mais.

Ô menininho, ainda tenho muito o que aprender com você.